Obras em andamento

Reconstrução da Escola Ione Medianeira Parcianello está em 60%

Reconstrução da Escola Ione Medianeira Parcianello está em 60%

Fotos: Nathália Schneider (Diário)

Infiltrações, rachaduras e outros problemas estruturais faziam parte da rotina da comunidade de três escolas da cidade: Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) Ione Medianeira Parcianello; Escola Municipal de Educação Infantil (Emei) Casa da Criança; e Emei Luizinho de Grandi. Atualmente, os locais passam por obras e as crianças, em idade escolar obrigatória, a partir de 4 anos, precisam ser deslocadas e atendidas em outros espaços. No entanto, alunos da etapa do berçário e do maternal, matriculadas nestas instituições e que não conseguiram vagas em outras escolas, estão desassistidos, por enquanto. O município não tem obrigação de garantir vagas para estas duas faixas. A previsão é que as reformas e reconstruções terminem até o final deste ano, ou início do ano que vem. 


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Além dessas, outra instituição de ensino que está em uma situação semelhante é a Escola Municipal de Ensino Fundamental Major Tancredo Penna de Moraes, em que os alunos foram realocados para um prédio alugado pelo Executivo municipal.


O valor inicial da obra da Emef Ione Parcianello era de R$ 3,2 milhões, agora passou para R$ 3,6 milhões. A empresa responsável é a Versalhes Incorporação e Construção, de São Leopoldo, a mesma da Emei Casa da Criança, que começou com uma verba de R$ 1,6 milhão. Já a Luizinho de Grandi é de aproximadamente R$ 3,55 milhões. No total, o município vai investir R$ 8,7 milhões nestas três obras.


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Nova estrutura da escola 

A Escola Ione Medianeira Parcianello, na Rua Catarina Zanini, no Bairro Tomazetti, estava com a estrutura do telhado precária. A comunidade escolar conta que, quando chovia, as salas de aulas ficavam com goteiras e que o problema era recorrente. A equipe diretiva conseguiu, junto ao Ministério Público (MP), agilizar o processo para a construção de uma nova escola com a finalidade de atender à comunidade com qualidade. A instituição de ensino atende em torno de 180 alunos, do 1º ao 9º ano do Ensino Fundamental.    


A ordem de serviço ocorreu em novembro de 2022, com previsão para o término depois de 360 dias, ou seja, 30 de outubro, segundo edital de licitação. Agora, em julho de 2023, a reconstrução do novo espaço está em aproximadamente 60%, de acordo com o engenheiro civil Kemeron Eduardo Eberhardt da Silva, 28 anos. A previsão para o término é em torno de mais três meses, afirma ele.


– As próximas etapas são fazer a fachada, o reboco externo, passar massa corrida e colocar o piso cerâmico. Ao todo, a escola vai contar com seis salas de aula, uma sala de informática, dos professores, biblioteca, cozinha e refeitório. No segundo andar estarão as salas e a direção. Também estamos fazendo uma quadra poliesportiva coberta – explica o engenheiro civil.


Mudança para o Instituto São José


​No início das atividades letivas deste ano, devido às obras, os alunos precisaram ser transferidos para um espaço no Instituto São José, na Rua Fischman, no Bairro Dom Antônio Reis, para continuarem com as aulas.


Conforme a diretora da Ione Parcianello, Marli Rodrigues Giacomelli, 63 anos, o transporte disponibilizado pelo Executivo municipal é apenas para levar para o Instituto, e não tem veículo para a volta. Além disso, durante o processo de mudança para o novo local, alguns alunos pediram transferência para a Escola Municipal de Ensino Fundamental Caic Luizinho de Grandi:


– A prefeitura sempre alegou que não teria ônibus disponível para fazer esse transporte, porque os veículos atendem as escolas rurais. Eles conseguem buscar para levar para o Instituto, porque é no intervalo de atendimento dessas escolas. Mas a comunidade vai se revezando, alguns pais dão carona, outros alunos pegam o ônibus normal mesmo ou voltam caminhando – conta a diretora.


Durante a semana, mães de alunos se revezam para acompanhar o trajeto do ônibus com as crianças até o Instituto. Uma delas é a dona de casa Graciela Sulzbach, 36 anos. O filho dela, Alessandro, de 9 anos, sempre vai com o transporte, no entanto, na volta, o marido busca ele e mais três colegas. Graciela relata que tudo isso não atrapalha tanto a rotina, porque a construção de uma nova escola faz o esforço valer a pena.


A moradora do Passo das Tropas, a costureira Sônia Mara Rodrigues da Silva, 38 anos, tem o filho Bernardo, 10, que estuda na escola há quatro anos. Para ela, cada vez que a obra avança, os olhos ficam brilhando.


– Antes, a escola precisava de bastante conserto, mas a equipe é maravilhosa. A professora Marli vinha na luta há anos pela reconstrução. Quando começamos no São José deu uma dor no coração, ver a escola daquele jeito. Mesmo que a rotina seja cansativa, tudo é válido pela educação deles.


O sonho da aluna Izabelli Oliveira da Silva, 11 anos, é estudar em uma escola de dois andares. Após a finalização da obra, o sonho da pequena vai se tornar realidade, porque a nova estrutura é maior que a antiga, com as salas de aulas no segundo andar.


– Tem sido bom lá (no Instituto), mas preferimos aqui por ser mais perto e maior. Quando eu estava no 1º ano, todas as salas ficavam molhadas quando chovia, tinha muita goteira e o teto começava a cair, tudo estava velho. Agora, estou ansiosa para voltar – conta a pequena.



O que diz a prefeitura

A reportagem questionou a prefeitura sobre a disponibilização de transporte para a volta das crianças, além de não fornecer para todos os alunos no trajeto ao Instituto. Em nota, o Executivo respondeu que o município não dispõe de condições estruturais para atender integralmente a demanda de transporte escolar de toda a Rede Municipal de Ensino (81 escolas e cerca de 20 mil estudantes), mas que no segundo semestre será verificada a possibilidade de transporte para os alunos no final do turno letivo:

"Portanto, é preciso estabelecer prioridades de atendimento: escolas do campo e público-alvo da Educação Especial. Para atender a demanda acumulada, na zona urbana, é fornecido passagem estudantil (transporte coletivo) para estudantes que residem a mais de 2 quilômetros da escola. No caso da EMEF Ione Parcianello, em função de os ônibus e os motoristas da Smed estarem fazendo roteiros na zona rural, foi possível disponibilizar ônibus para o transporte das crianças dos anos iniciais no início do turno da aula. No segundo semestre, será verificada a possibilidade de transporte para os referidos alunos também no final do turno de atendimento"

Entenda o caso Ione Parcianello

  • Problema – A escola tinha problemas no telhado e quando chovia havia goteiras dentro do local. Uma situação bem recorrente
  • Início das obras – A ordem de serviço ocorreu em novembro de 2022, com previsão para o término depois de 360 dias, segundo edital da licitação. A escola está sendo reconstruída
  • Investimento – O valor inicial da obra era de R$ 3,2 milhões. Atualmente está em R$ 3,6 milhões
  • Situação da reconstrução da escola – Em julho de 2023, a reconstrução do novo espaço está em aproximadamente 60%
  • Estrutura da obra – Ao todo, a escola vai contar com seis salas de aula, uma sala de informática, dos professores biblioteca, cozinha, refeitório, além de uma quadra poliesportiva
  • Situação dos alunos – A instituição de ensino atende em torno de 180 alunos, do 1º ao 9º ano do Ensino Fundamental. O transporte para o Instituto São José foi disponibilizado pela prefeitura, apenas para os alunos do 1º ao 5º ano. Contudo, apenas para ida até o local, não para a volta


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